Medievo-Nordeste / Música Antiga da UFF
Cantigas e Romances
centrodeartes.uff.br
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CENTRO DE ARTES UFF
AB 1000 · NM 523705
2004
1. Verbum Caro [5:06]
documento do século XIV, anônima
2. Virga de Jesse [6:40]
CSM 20
Cantigas de Santa Maria
3. Mandad' ei comigo [4:40]
ca II
Martin Codax, Cantiga de Amigo
4. Santa Maria, Strela do Dia [2:48]
CSM 100
Cantigas de Santa Maria
5. Arbolicos d'almendra [3:08]
tradição oral sefaradita, anônima
6. Juliana e D. Jorge [4:19]
romance, Rio Grande do Norte
7. Io mestamdo em Coimbra [5:16]
excerto de romance documentado no século XVI
8. A Virgem mui groriosa [3:53]
CSM 42
Cantigas de Santa Maria
9. Paulina e D. Joao [4:34]
romance, Rio Grande do Norte
10. Todos me llaman 'La bohemiana' [2:39]
tradição oral sefaradita, anônima
11. Vida e Morte [1:51]
romance, Goiás
12. A la una yo naci [2:32]
tradição oral sefaradita, anônima
13. Non sofre Santa Maria [4:35]
CSM 159
Cantigas de Santa Maria
14. Faixa bônus. Vida e Morte [1:52]
MÚSICA ANTIGA DA UFF
www.geocites.com/musicaantiga
lpmendes66@uol.com.br
integrantes:
Leandro Mendes, Lenora Pinto Mendes, Mario Orlando, Marcio Paes Selles,
Peri Santoro, Sonia Leal Wegenast, Virginia van der Linden
músico convidado:
Marcus Ferrer, viola caipira
ficha técnica:
Gravado no Drum STUDIO em outubro de 2004
Rua Alice, 106 Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ
gravação e masterização: Alexandre Hang
design e projeto gráfico: Roberto Fanára
foto: Maurício Seidl
produzido pelo
Núcleo de Estudos Galegos da UFF e Programa de Estudos Galegos da UERJ
diretores Maria do Amparo Tavares Maleval e Fernando Ozório Rodrigues
apoio: FEC - Fundação Euclides da Cunha
patrocinio: XUNTA DE GALICIA
realização:
UFF. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
reitor Cícero Fialho Rodrigues
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
pró-reitor Luiz Andrade Botelho
CENTRO DE ARTES UFF
diretor Leonardo Guelman
A PERPETUAÇÃO DE CANTARES MEDIEVAIS NO BRASIL
Maria do Amparo Tavares Maleval (UFF / UERJ)
O
excelente Conjunto de Música Antiga da UFF, neste CD, oferece ao
público um original trabalho de interação entre a música medieval
ibérica e músicas do nosso folclore, apresentando-nos cânticos medievais
e algumas das suas versões que se perpetuaram no Brasil, principalmente
no Nordeste. Para tanto, utilizam instrumentos musicais que
intensificam esse diálogo entre a Idade Média e o Brasil recente.
Valorizando sobremodo a importância das nossas raízes ibéricas,
sobretudo galego-portuguesas, e contribuindo de forma decisiva para a
sua propagação em meio a um vasto público, fez juz ao patrocínio da
Xunta de Galicia, através dos convênios mantidos com a UFF e a UERJ para
fomento à divulgação da cultura galega entre nós.
Neste CD,
dentre os espécimes musicais neomedievalistas do Brasil encontram-se os
romances coligidos no Rio Grande do Norte, "Juliana e D. Jorge" e
"Paulina e D. João", bem como a cantiga de origem judaico-sefaradita
recolhida no folclore de Goiás, "Vida e morte". Já os cânticos
medievais, nessa interpretação abrasileirados por instrumentos nossos
que se harmonizam com os da Idade Média, são:
1) procedentes de documentos do século XIII, a cantiga de amigo do galego Martin Codax "Mandad 'ei comigo" e as cantigas de Santa Maria
do cancioneiro de Alfonso X, o Sábio "Virga de Jesse", "Santa Maria
strela do dia", "A Virgen mui groriosa" e "Non sofre Santa Maria";
2) procedente de documento do século XIV, a anônima
"Verbum caro factum est", ligada à ritualística
cristã natalina;
3)
procedentes de reconstituições da tradição oral sefaradita, anônima:
"Todos me llaman La bohemiana", "Arbolicos d 'almendra" e "A la una yo
naci";
4) o excerto de romance documentado no século XVI, "Io mestando en Coimbra".
Comecemos
pelos romances, poemas épico-líricos, que eram originalmente cantados
ao som de instrumentos e constituiam-se de fragmentos de canções de
gesta, de crônicas, de serranilhas, prestando-se à divulgação dos
acontecimentos históricos, míticos ou lendários da época. Composições
tipicamente espanholas, embora não exclusivas da Espanha, após uma longa
tradição oral passaram a ser documentados, na Península Ibérica, a
partir dos séculos XIV (raros) e XV até a segunda metade do século XVII,
quando se tornaram depreciados pela estética neoclássica e novamente
relegados à tradição oral. Sob os ímpetos democrático-nacionalistas do
Romantismo, ressurgem em coletâneas do século XIX.
Em Portugal, o
auge da voga do Romanceiro ocorreu no século XVI, época também da
conquista do Brasil, para onde vieram cantados e assim permaneceram até o
século XVIII, quando saíram do uso, mas não da memória colonial. Na
segunda metade do século seguinte, começam a ser registrados no norte,
da mesma forma que ocorria em Portugal através de Almeida Garrett, ou na
Inglaterra, com Walter Scott, etc.. E hoje documentam-se em inúmeras
publicações, de poetas eruditos ou do cordel, bem como de pesquisadores
que os registram a partir de pesquisas de campo.
As letras dos romances
apresentam estrofes de tamanho variável, compostas por versos
octossilabos pela contagem castelhana, ou setessilabos pela nossa (com
uma oitava átona facultativa), também chamados de redondilha maior.
O tipo de rimas mais típico é a toante ou imperfeita (com igualdade de
som restrita à vogal), muito embora em romances mais recentes ocorra a
rima consoante (com identidade de sons a partir da vogal tônica);
estabelece-se de forma alternada, somente nos versos pares (xaxaxa).
Este modo de realização rítmico reforça a estruturação binária do verso,
uma vez que cada par de versos forma sintaticamente uma só frase.
O romance "Juliana e D. Jorge", na versão ouvida de D. Maria de Aleixo e registrada no Cancioneiro de Alcaçus,
elaborado pelo professor e pesquisador da UFRN Deífilo Gurgel (Natal:
UFRN / Proex / Cooperativa Cultural. Ed. Universitária, 1992.),
inscreve-se em longa tradição, constituindo uma versão de um dos mais
antigos exemplares do Romanceiro hispânico, o "Romance del veneno de
Moriana", reconstituído por Ramón Menéndez Pidal em Flor nueva de romances viejos
de 1938 (6. ed. 1946, p. 128-129); tem como assunto a vingança da
amante preterida, que envenena o amado ao saber que se casará com outra.
Da mesma fonte oral, e documentando-se no Nordeste brasileiro antes que
em Portugal, o romance "Paulina e D. Joao" retomaria o antigo "Amor más
poderoso que la muerte", que fala de amores contrariados pelos pais -
mãe na versão de Menéndez Pidal (1946, p. 130-131), pai na versão
nordestina - que causam a morte dos amantes, posteriormente
transformados em plantas e/ou pássaros.
Quanto ao fragmento de
romance hispânico do século XVI, "Io mestando en Coimbra", foi
documentado no Cancioneiro Musical da Bibliothèque de l'École Nationalle
Supérieure des Beaux-Arts de Paris, transcrito por Manuel de Moraes em
1986. Refere-se ao triste episódio do assassinato, em 1355, de Inês de
Castro, amante do então futuro rei de Portugal D. Pedro I, pelos
conselheiros do pai deste, Afonso IV. Focaliza o momento em que, estando
Inês sozinha com os filhos em Coimbra, vê chegarem os seus algozes
pelos campos do rio Mondego, e, intuindo-lhes a intenção, acerca-se dos
filhinhos para tentar comover o rei, avô destes, e levá-lo a não
permitir a sua morte. A narrativa deste episódio pode ser encontrada na
Crônica de Afonso IV de Rui de Pina como também nas Trovas aa morte de dona Ynes de crasto de Garcia de Resende, ambas do início do século XVI.
Todos
esses romances se apresentam em redondilha-maior, da mesma forma que a
cantiga "Vida e morte". Esta, de origem sefaradita, se encontra na
coletânea elaborada por Regina Lacerda, recolha de canções folclóricas
ouvidas de goianos, intitulada Cantigas e cantares. Músicas
folclóricas e modinhas goianas (Goiânia: Ed. da Universidade Federal de
Goiás, 1985; 2. ed., p. 7). Focaliza a sucessão de momentos da vida
humana, levando-nos com simplicidade à reflexão sobre a sua brevidade,
da mesma forma que a versão "Ala una yo naci", da tradição oral dos
judeus espanhóis, que destaca o amor nesse percurso existencial.
Os
sefaraditas, ou sefarditas, são os judeus de procedência ou ascendência
ibérica. Foram um dos povos mais antigos a habitarem a Península
Ibérica, que chamavam de Sefarad, antecedendo aos mouros, godos e
possivelmente também aos romanos. Como provam atas de concílios que
remontam à monarquia visigoda, que seriam os documentos mais antigos a
eles relacionados, viviam integrados na comunidade cristã, mantendo
apenas a diferença de culto. No ano de 613, reinando Sisebuto, ocorreria
a sua primeira perseguição e/ou expulsão, só escapando os que se
convertessem ao cristianismo. Essa conversão fora, no entanto, postiça; e
no recesso dos lares continuavam praticando seus cultos ancestrais.
Em
sua maioria alfabetizados, destacavam-se no contexto político e
cultural, como também no econômico, uma vez que eram os maiores
detentores de riquezas. Durante a ocupação da Península pelos árabes,
religiosamente tolerantes, participaram ainda mais das atividades
culturais e científicas. Mas com a Reconquista foram novamente levados à
cristianização compulsória ou ao exílio, sendo expulsos da Espanha em
1492 pelos Reis Católicos, Fernando e Isabel, e de Portugal em 1497, no
reinado de D. Manuel, o Venturoso. O estabelecimento da Inquisição na
Península, perseguindo até mesmo os judeus conversos, fez com que
buscassem refúgio na Holanda, na Turquia e em diversos outros países do
leste europeu, norte da África e Américas, inclusive voltando alguns às
suas origens mais remotas, na Síria e na Mesopotâmia.
Nesses
lugares, continuaram a produzir cultura em ladino, que era o dialeto por
eles utilizado na Península Ibérica. A existência de muitas músicas
nesse dialeto, quinhentistas ou até mais antigas, preservadas por
tradição oral, chamou a atenção dos musicólogos após o fim da Segunda
Grande Guerra. Dentre eles, Isaac Levy, que ouviu em Israel cantares de
sefaraditas, fazendo ele próprio a transcrição musical das melodias,
como as que se apresentam neste CD, retiradas da sua publicação dos anos
sessenta / setenta, em três volumes, intitulada Chants judéo-espagnoles (Londres /Jerusalém).
Essas
melodias, em sua maioria, são de caráter profano e focalizam temas do
cotidiano e acontecimentos do ciclo da vida, que fazem parte da história
da humanidade em todos os tempos, tais como: nascimentos (com destaque
para as cantigas de ninar), casamentos, problemas com a sogra, amores
não correspondidos, traições, etc.. No Brasil, um dos destinos dos
judeus expulsos, não conhecemos nenhum estudo sobre a influência musical
dos judeus que aqui se refugiaram, influência que é patente em muitos
exemplos, como na cantiga "Vida e morte", de que já falamos.
As
duas outras cantigas da tradição oral sefaradita, "Todos me llaman la
bohemiana" e "Arbolicos d 'almendra", apresentam número irregular de
versos e rimas também variáveis em sua estrutura. Falam, a primeira, de
uma alegre vida despreocupada de bens materiais, que encontra na
natureza o necessário para a sobrevivência; e a segunda, da natureza
relacionada ao amor, através da voz masculina que expressa temas
aparentados com os dos trovadores medievos, como a superioridade da
mulher desejada, a vassalagem amorosa do amante e a morte por amor,
enfatizada pelo refrão.
As demais peças recolhidas neste CD
remontam todas a documentos do século XIII reapresentadas, como
dissemos, através da interação de instrumentos medievais com
instrumentos nossos de hoje, fazendo-nos observar mais ainda a
identidade de sons das duas épocas e lugares. À exceção de "Verbum caro factum est: Dies est laetitiae",
anônima, que pertence a coletânea do século XIV (Aosta, Seminario
Maggiore 9. E.. 19), transcrita e editada por Frank Harrison (Oxford
University Press). Música religiosa, inscreve-se na liturgia da Igreja
ligada ao ciclo natalino, exaltando o Natal como dia da alegria maior,
em que nasceu o menino-Deus, concebido pela Virgem Maria.
As
peças do século XIII pertencem ao Trovadorismo, movimento
poético-musical desenvolvido na Europa dos séculos XII ao XIV, originado
no sul da hoje França, que mantivera em sua sociedade mediterrânea
resquícios da cultura aristocrática do Império Romano. A canção de amor
foi o principal gênero aí desenvolvido, exaltando o amor cortês, em que o
trovador se fazia de vassalo da senhora amada. Através da peregrinação a
Santiago de Compostela, essas composições profanas em langue d'oc,
que definharam a par da perseguição aos cátaros, tiveram facilitada a
sua continuidade em terras ibéricas, aclimatadas ao novo solo. Neste
encontrariam a tradição dos cânticos de mulher, em nenhum outro lugar da
Europa tão profusos e representativos de um delicadíssimo erotismo
relacionado a cosmogonia pré-cristã de raízes celtiberas. Marcas da sua
antiguidade são também a estrutura paralelística das estrofes
organizadas em dísticos seguidos de refrão e a influência musical do
céltico alálá em algumas composições.
A cantiga de amigo
paralelística "Mandad'ei comigo", do jogral galego Martin Codax, é um
exemplo bastante ilustrativo desse erotismo, muito diferente do que pode
ser encontrado na canção de amor provençal. Nela, a jovem fala da sua
disposição em ir a Vigo encontrar-se com o namorado, que estivera
ausente a serviço do rei, de quem se torna privado. No contexto das
demais cantigas do mesmo compositor, percebemos o hibridismo das festas e
romarias cristãs com antigos cultos destinados a fecundidade, a
procriação, apresentando-se a ermida de San Simeon, numa ria de Vigo,
como lugar do encontro amoroso. Foi documentada no chamado Pergaminho
Vindel, uma folha volante do século XIII contendo as sete cantigas de
amigo de Martin Codax, seis das quais com as partituras, descoberto por
Pedro Vindel e cujo fac-símile foi publicado pela primeira vez em 1915.
Tem para a Musicologia uma enorme importância, pois é o único documento
que apresenta notações musicais desse tipo de composição
galego-portuguesa, a cantiga de amigo. Manuel Pedro Ferreira o reproduz e
estuda minuciosamente em 0 som de Martin Codax (Lisboa: UNISYS / IN-CM,
1986).
Já as demais cantigas, todas dedicadas a glória da mãe de
Deus, pertencem ao Cancioneiro de Afonso X, o Sábio, rei de Leão e
Castela de 1252 a 1284, em que se documentam 426 cantigas de Santa Maria
com letra e música, além de preciosas ilustrações referentes ao teor
das cantigas, que desvelam muitos dos costumes da época. Essas cantigas
são de duas espécies: de louvor ou de milagres, obedecendo o cancioneiro
mariano à estrutura de um rosário, no qual se apresentam dez milagres e
uma louvação, sendo que para a Virgem Maria, a dama incomparável, é
canalizado o amor do trovador. A forma em que se apresentam é semelhante
à do zéjel, composição poética cuja invenção é atribuída por
alguns especialistas a Mucádam bem Muafa, poeta cego que vivera em
Córdoba de fins do século IX a inícios do X. O zéjel compõe-se de um breve estribilho (markaz), geralmente de dois versos, seguidos de estrofes com três versos monórrimos (agsam) mais um, que rima com o estribilho (simt) e que se repete no fim de cada estrofe (AA/bbbA/AA/cccA/AA, etc.).
As
cantigas de Santa Maria apresentadas neste CD são: duas de louvor -
"Virga de Jesse" (c. 20), que enaltece o amparo, a defesa e a justiça da
Virgem, invocada inicialmente como "vara de Jesse", pai do rei David; e
"Santa Maria strela do dia" (c. 100), que a mostra como guia para o
alcance do Paraíso; e duas de milagres - a que no CD se apresenta apenas
instrumentalizada, "A Virgen mui groriosa" (c. 42), que fala de como a
imagem da Virgem encolheu o dedo em que um seu falso devoto colocara um
anel e posteriormente cobrou-lhe a devoção jurada; e "Non sofre Santa
Maria" (c. 159), que narra como a Virgem fez com que fosse encontrada
uma peça de carne roubada aos seus romeiros. Suas partituras foram
retiradas das transcrições feitas por Higinio Anglés (Barcelona:
Diputación Provincial, 1943, 1958, 1964) com base em códices alfonsinos
do século XIII.
Nas canções trovadorescas e, principalmente, nas
cantigas de Santa Maria estão as raízes de toda a música que se faria na
Peninsula Ibérica nos séculos posteriores. Essas cantigas eram
apresentadas com acompanhamento instrumental e os trovadores se faziam
acompanhar por jograis, músicos ambulantes que viajavam de corte em
corte a fim de se apresentarem em castelos e torneios medievais.
Trazidas pelos colonizadores, muitos dos seus temas acabaram se
incorporando à cultura popular, principalmente na região do Nordeste,
onde a literatura de cordel até hoje reflete a sua influência. A
coletânea de Contos tradicionais do Brasil, organizada por Câmara
Cascudo, é um dos ricos veios para a pesquisa dessa perpetuação
medieva, inclusive através das cantigas de Santa Maria.
Resta
frisar que os sistemas de escalas modais nos moldes gregorianos são
recorrentes na música nordestina, tornando claras as suas raízes
medievas. Os instrumentos utilizados nesta cantoria são a rabeca, o
violão e a viola, variantes da viola renascentista utilizada no século
XVI. Enfim, os trovadores e jograis de hoje são os cantadores de viola,
que nas feiras perpetuam os sons e os temas das cantigas medievais. Esse
diálogo musical com o passado é o que em boa hora o Conjunto de Música
Antiga da UFF nos apresenta neste precioso CD.
Notas
1.
Alcaçus é uma pequena povoação que fica entre as dunas e lagoas assai
de Pirangi a trinta quilômetros de Natal, Rio Grande do Norte. Ai mora
D. Maria do Aleixo, rendeira, dona de casa e graças a quem foram
preservadas estas versões de romances.
2. Ressalta Deífilo Gurgel
que os romances, "isolados no Brasil, mantiveram-se fiéis sua mais
longínqüa tradição", e alguns "chegaram a ser recolhidos no Brasil ,
antes que o fossem em Portugal. Caso, por exemplo, do "Juliana e D.
Jorge", coletado por Celso de Magalhães, em Recife, ao redor de 1860, e
só depois registrado pelos pesquisadores portugueses" (GURGEL, 1992, p.
11).
Referências bibliográficas
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de Walter Mettmann. 2 vols. Vigo: Edicións Xerais de Galicia,
[1981], p. 160- 161, 221-224, 385-386, 541-542.
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Fac-símil, transcription y estudio critico. 3 vols. Barcelona:
Diputación Provincial, Biblioteca Central [1943, 1958, 1964]. Vol. 2, p.
28, 50, 109 e 173.
- CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 8. Ed. São Paulo: Global, 2000.
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